O Laboratório Central da Fundação de Saúde de Vitória da Conquista acaba de receber um aparelho que diagnostica a tuberculose mais rapidamente, através de um exame de biologia molecular. Com o novo aparelho, testes que antes demoravam até dois dias podem ser feitos em cerca de três horas. Agora, coordenadores da vigilância epidemiológica dos municípios e dos hospitais de Conquista participam de uma capacitação para que entendam a logística de fluxo do equipamento. Ou seja, para que aprendam a inserir informações de forma padronizada e para que possam interpretar adequadamente as informações coletadas.
No ano de 2017, 72 casos de tuberculose foram notificados em Vitória da Conquista. De acordo com a enfermeira Simone Galvão, quanto mais eficiente o diagnóstico, menor as chances de disseminação da doença: “Quanto mais rápido o paciente começa o tratamento, menor o número de pessoas contaminadas. Geralmente, recebíamos o resultado após um ou dois dias. Até entrarmos em contato com o paciente, ele poderia contaminar outras pessoas’’, destaca.
A farmacêutica bioquímica Fabrícia Almeida explica que o equipamento foi obtido através de uma parceria do Ministério de Saúde com os laboratórios centrais: “O Ministério da Saúde já havia concretizado com outros municípios e agora nos ofereceu também. Já passamos pela fase de testes da nova metodologia e agora estamos capacitando os profissionais envolvidos no controle da tuberculose”.
O diretor-geral da Fundação de Saúde de Vitória da Conquista, Felipe Bittencourt, explica que a nova metodologia ajuda também a reduzir os custos da medicação. “Ela auxilia a identificar a doença de forma mais rápida, evitando o desperdício de remédios. Com o diagnóstico correto em mãos, podemos escolher o antibiótico adequado para tratar a doença desde o início. É muito mais seguro e eficiente para o paciente’’, explicou.
Além disso, algumas cidades da região Sudoeste, como Itapetinga, também serão contempladas com o serviço: “O exame não será ofertado apenas para o município de Vitória da Conquista. Queremos garantir que os 31 municípios abrangidos pela Fundação de Saúde possam usufruir da nova metodologia’’, afirma Mauro Teles, coordenador do Laboratório Central.