Não é raro vermos estudantes e recém-formados reclamando da falta de emprego e salários injustos, já que estudamos tanto durante a graduação. Mas é durante esse período que poderíamos ter a oportunidade de desenvolver um espírito empreendedor, só que quase todas as faculdades da área da saúde não instigam os estudantes a desenvolver tal espírito.
Elas [as faculdades] passam o conhecimento aos alunos e, às vezes, ensinam como conseguir um emprego, nada além disso. Mas será que só há esse caminho? Por que não ser seu próprio chefe e fazer a diferença, criar algo inovador?
Mas o que é um empreendedor?
O empreendedor é uma pessoa que dá início a uma organização, que identifica oportunidades, prepara-se e reúne os recursos necessários, sejam estes humanos, financeiros ou tecnológicos, para concretizar sua ideia. Ele insiste, persiste, persuade e busca alternativas para chegar aos seus objetivos e provar suas teorias.
Área da saúde
Em outros setores é relativamente mais fácil, mas e na área da saúde? Os profissionais da área têm espírito empreendedor? Sabem enxergar oportunidades? Têm a ousadia de arriscar tempo, esforço e dinheiro para dar vida a um sonho?
Na área da saúde é muito difícil responder essas questões, porque não somos formados para isso, e menos ainda motivados para buscar soluções, criar modelos alternativos e inovar.
As faculdades de saúde focam na formação assistencial, de tratamento, de pesquisa científica, e para completar a dependência, também ensinam obediência e hierarquia, uma vez que durante quase toda nossa vida acadêmica e também profissional, que tratamos e convivemos com pacientes, temos alguém superior a nós, alguém que nos ajudará a resolver nossas deficiências assistenciais.
E quem nasce com essa inquietude empreendedora, acaba se desmotivando, sentindo-se sozinho, incompreendido, como agulha no palheiro e termina por se acomodar ao sistema, perdendo seu espírito e esquecendo sua essência.
Espero que esse cenário mude logo, pois é através de pessoas inovadoras que grandes mudanças acontecem. Pode ser a mudança de um setor, ou até de um sistema inteiro. Se você é uma dessas pessoas, não desista.