
O CT Terapias Avançadas e Inovadoras da UFMG acaba de ser aceito como membro integrante da Rede Global de Vírus, organização internacional que trabalha para a produção e compartilhamento do conhecimento a respeito de vírus que causam doenças em humanos.
A rede, que reúne 80 centros de 40 países, realiza atividades de educação e treinamento, ajuda as instituições integrantes a conseguirem recursos para pesquisas e monitora possíveis pandemias virais de interesse global.
O professor Mauro Teixeira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG e coordenador do CT Terapias Avançadas e Inovadoras, vai conduzir a participação da Universidade na Rede. Ele conta que a inclusão é um reconhecimento do trabalho feito em Minas Gerais, uma vez que o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e o Instituto Pasteur eram os únicos representantes da rede no país.
“Somos a primeira universidade brasileira a integrar a rede. Agora atuaremos junto a importantes atores globais no que se refere à produção de conhecimento sobre vírus. A UFMG já é um polo de estudos sobre vírus no país, então a entrada na Rede se deu de forma natural”, diz.
A Rede Global de Vírus foi criada em 2011 e atua com governos, instituições multilaterais, setor privado e organizações não-governamentais. Mauro Teixeira destaca que a pandemia da Covid-19 mostrou que esse tipo de rede é essencial para o enfrentamento dos desafios globais.
Participação em comitês e formação
“Uma rede colaborativa como essa nos ajuda a responder, de forma mais rápida, aos desafios virais como as pandemias, por exemplo. Todas as pandemias dos últimos anos foram causadas por vírus, daí a necessidade de aumentar o conhecimento global sobre o assunto”.
O ingresso da UFMG na Rede se deu após o preenchimento de vários requisitos técnicos. Entre as atividades das quais a Universidade fará parte estão a participação em comitês e a atuação na formação de pesquisadores. Além do CT em Terapias Avançadas e Inovadoras da UFMG, também passou a figurar na rede o Laboratório de Medicina da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.
Em pronunciamento no Portal da Rede, um dos pesquisadores responsáveis pela descoberta do vírus HIV, presidente e cofundador da Rede, Robert Gallo, afirmou que a expansão do grupo vai ao encontro da missão de unir virologistas do mundo todo para a busca de soluções frente às ameaças virais globais.
“As duas instituições que acabam de ingressar na Rede trazem conhecimento local, excelência científica e um forte comprometimento colaborativo. O ingresso delas fortalece a nossa capacidade científica coletiva e possibilita a infraestrutura global necessária para detectar, responder e prevenir pandemias globais”.