Os laboratórios forenses poderiam se beneficiar de um novo método analítico simples e robusto para a triagem de rotina de amostras de cabelo para a presença de drogas ilícitas
Estabelecer a exposição de uma pessoa às drogas é um aspecto crucial dos testes forenses. Tradicionalmente, a “triagem toxicológica” geralmente é realizada em amostras de sangue ou urina. Mas, nos últimos anos, o teste do cabelo se tornou uma técnica bem estabelecida. Além de serem fáceis de coletar, as amostras de cabelo também podem fornecer informações sobre a exposição histórica de uma pessoa que pode se estender por vários meses antes.
Além disso, nas últimas décadas, avanços notáveis na espectrometria de massa levaram a técnica a se estabelecer como o padrão ouro em análise forense de cabelo. No entanto, a tecnologia ainda não foi largamente adotada para a ampla triagem preliminar de amostras, que ainda é bastante baseada em ensaios baseados em anticorpos.
Uma nova abordagem instrumental
Em um novo estudo, publicado no Journal of Chromatography B, os cientistas testam uma nova abordagem de espectrometria de massa que foi desenvolvida recentemente para a análise de rotina de drogas de abuso aplicadas à triagem toxicológica de cabelo.
Os pesquisadores realizaram o novo procedimento instrumental baseado em UHPLC-Ion Trap-MS e envolvendo um pré-tratamento simples de amostras de cabelo em ácido durante a noite, seguido por injeção direta após a neutralização. Em paralelo, eles analisaram todas as amostras comparando com as técnicas de espectrometria de massa de rotina que já estavam estabelecidas em seu laboratório. Eles descobriram que o novo método tinha limites de detecção variando entre 0,01 e 0,09 ng/mg de matriz capilar para um painel de 16 drogas de abuso (exceto para MDA, morfina, 6-MAM e norketamina).
Bom desempenho analítico
Os pesquisadores primeiro testaram 40 amostras de cabelo coletadas de voluntários sem histórico de abuso de drogas, não detectando falsos-positivos. Eles então avaliaram 968 amostras reais de cabelo de casos forenses, descobrindo que o novo método correspondia bem aos resultados obtidos no procedimento de rotina em termos de amostras positivas e negativas.
Finalmente, os pesquisadores analisaram 12 amostras de teste de proficiência, descobrindo que o novo método não se limitava apenas à triagem de drogas comuns de abuso, mas também podia testar com sucesso novas substâncias psicoativas, incluindo fentanil e catinonas. A equipe usou um sistema de purificação de água de laboratório Elga Purelab® para obter a água ultrapura usada em seus experimentos, minimizando o risco de adição de contaminantes que pudessem afetar seus resultados.
Uma técnica simples e robusta
Este estudo demonstra a utilidade de uma nova abordagem de espectrometria de massa para triagem toxicológica qualitativa aplicada à análise de cabelo em um contexto de rotina. Os resultados mostram que é possível obter informações sensíveis e confiáveis por meio do procedimento, o que foi confirmado por meio de um comparativo ao método de teste validado.
A precisão desta ferramenta analítica foi verificada posteriormente através da análise de amostras de teste que continham não apenas narcóticos tradicionais, mas também algumas das chamadas novas substâncias psicoativas. O sistema também provou ser muito robusto, não mostrando necessidade de qualquer reparo, mesmo após 5.000 injeções de amostra. O novo procedimento pode fornecer aos laboratórios forenses uma alternativa simples e robusta de alto rendimento aos testes baseados em anticorpos para a ampla triagem toxicológica preliminar de amostras de cabelo.
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