A crise a qual vivenciamos poderia ser assim definida: momento de adequações aos tempos de economia recessiva, resultantes de erros cometidos em tempos de tranquilidade. A crise ocorreu lá atrás na forma de fazer escolhas.
O mercado brasileiro não está em um de seus melhores momentos, muitas empresas estão fechando e dispensando seus funcionários, e em muitos casos, tais empresas são gigantes de seus setores.
Para o setor laboratorial a estratégia deve ser revista assim como os processos internos buscando: maximizar lucros pelo aumento da qualidade e redução de custos. Observe o cenário abaixo:
– A queda do emprego faz com que muitas pessoas deixem de ter planos de saúde, em contrapartida eleva-se a rotina oriunda de convênios públicos de saúde;
– A alta do dólar pode proporcionar elevação dos preços dos reagentes importados, porém, a queda de vendas de equipamentos automatizados proporciona redução de preços para sua aquisição;
– Um menor número de exames enviados aos laboratórios de apoio leva a guerra de preços entre os gigantes (que já fazem isso há algum tempo).
Os cenários acima citados são três dentre vários que podem ser observados e são importantes guias estratégicos, mas o que você faria? Qual seria o cenário ideal para seu laboratório?
Precisamos de dados, não é possível fazer tijolos sem barro! Precisamos analisar e avaliar todos os passos, pois qualquer tropeço pode ser fatal.
Como biomédico, especialista em gestão e atendendo atualmente mais de 500 laboratórios em todo o Brasil eu posso dizer que a tecnologia é nossa maior aliada:
– É possível agilizar processos que envolvam o atendimento inicial sem prejudicar o setor técnico. A maioria dos laboratórios está com excesso de mão de obra no setor de atendimento;
– Permite avaliar a produtividade dos funcionários e a real necessidade de manter alguns deles: recepção, coleta e área técnica;
– Minimiza-se o uso do papel a impressões de laudos (que poderão ainda ser entregues on-line): pelo interfaceamento da rotina automatizada e informatização de processos manuais;
– Aproxima o paciente a empresa e fideliza: Mídias sociais, SMS, e-mail, etc;
– Reduz o tempo de produção e resposta a mudanças na rotina;
– Permite análise geográfica para criarmos barreiras de entrada de concorrentes.
Pequenos feitos com grandes resultados, mas por onde começar? Conversaremos disso mais adiante!

Publicado por Marcos Lima
Graduado em Biomedicina, foi pesquisador da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e buscou experiências em laboratórios clínicos e hospitalares. Especializou-se em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) atuando desde 2011 como assessor científico, de negócios e consultor de processos no cliente pela Hotsoft Informática. Email: [email protected]
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